2019/20 foi uma campanha de estreia impressionante para Nyck de Vries, que conquistou o primeiro pódio e está a caminho de receber o prêmio de estreante do ano. No entanto, isso não foi nada perto de 2020/21, quando o holandês se tornou o primeiro campeão mundial de pilotos da Fórmula E na casa da Mercedes-EQ, em Berlim.
Começando sua aventura pelo automobilismo muito jovem, De Vries deu suas primeiras voltas a bordo de um kart. Depois de conquistar o bicampeonato consecutivo do Mundial de Kart em 2010 e 2011, de Vries chegou à corrida de monopostos na Fórmula Renault 2.0.
O holandês, de Sneek, manteve as vitórias e acabou conquistando os campeonatos da Fórmula Renault 2.0 Alps e da Fórmula Renault 2.0 Eurocup em 2014. No ano seguinte, ele disputou a categoria Fórmula Renault 3.5, terminando em terceiro lugar e conquistando uma vitória na corrida final.
De Vries saltou para a GP3 pela ART Grand Prix em 2016. Em meio a um grid talentoso, o holandês terminou o ano em sexto, com duas vitórias.
Subindo os degraus dos monopostos, de Vries chegou à Fórmula 2 em 2017, guiando pela Rapax e depois pela Racing Engineering. Ele conquistou sua primeira vitória em Mônaco e terminou seu ano de estreia em sétimo. Em 2018, de Vries foi para a Prema Racing e continuou sua curva de aprendizado na categoria de base da Fórmula 1 com três vitórias. Ele terminou o ano em quarto.
Chegando à ART Grand Prix na temporada 2019 de F2, de Vries se saiu muito bem em um grid altamente competitivo e o conquistou o campeonato com quatro vitórias e oito pódios. No mesmo ano, ele deixou as corridas de monopostos quando entrou no grid do World Endurance Championship pela Racing Team Nederland.
Antes de se tornar piloto titular da Mercedes-EQ Formula E Team, de Vries realizou testes como estreante pela Audi, pela NIO e pela Envision Virgin Racing.
A temporada de estreia de De Vries foi de desenvolvimento e progresso, e o holandês mostrou logo sua velocidade já na primeira sessão de Super Pole, em Diriyah, e ainda conseguiu terminar pela primeira vez na zona de pontuação.
Ao longo da temporada, o holandês teve momentos brilhantes, mas foi prejudicado por problemas e erros de principiantes, tanto da equipe quanto da inexperiência do piloto em corrida de carros 100% elétricos em circuito de rua. Os esforços de ambos acabaram sendo recompensados na corrida final da temporada com a primeira vitória de Vandoorne, tendo de Vries em segundo.
De Vries veio lá de trás do pelotão na 7ª temporada e liderou todas as sessões até conquistar a primeira vitória na Fórmula E em Diriyah. Daí em diante, parecia certo que o talentoso piloto de 26 anos estaria na briga durante toda a primeira temporada da categoria como um campeonato mundial da FIA.
Outra vitória viria em Valência, quando o holandês acertou em pontos em que muitos outros acabaram indo terrivelmente mal. Porém, depois disso, a Mercedes-EQ passou por um período complicado no meio da temporada, quando de Vries só pontuou uma vez entre as Etapas 6 e 11. A ida à Nova York ao final desse período e um erro que custou caro em Mônaco foram os pontos mais baixos dele nessa temporada.
Um pódio duplo em Londres levou de Vries à liderança do campeonato mundial de pilotos, mas, na realidade, ele jamais se afastou daquele fim de semana de abertura. Na montanha-russa das últimas etapas na capital alemã, o holandês viveu o drama com os rivais ficando para trás.
Ele volta para defender seu título ao lado de Stoffel Vandoorne, e o objetivo da dupla é garantir a dobradinha da Mercedes-EQ.